A primavera chegou tímida com uma frente fria em São Paulo, mas a tendência é que muito em breve os termômetros voltem a subir. E para os dias quentes, nada mais gostoso para refrescar do que um belo vinho rosé, não é mesmo?

O boletim da SOMAR Meteorologia aponta um início de estação bem quente no Sudeste, ou seja, um período que pede alimentos leves e bebidas bem refrescantes. O Roteiro Refresh pegou algumas dicas de harmonização com o enólogo Gregório Salton, da vinícola Salton, e com o editor do site Vida & Vinho, Thiago Ross, para que você tenha a combinação perfeita para servir o vinho rosé em um happy hour, um almoço ou mesmo durante uma tarde gostosa de sol.

Temperatura ideal para servir o rosé

Essa é uma bebida que não combina muito com temperatura ambiente. Estamos falando de trazer frescor, então o ideal é que seu vinho esteja refrigerado. “Entre 12 e 14 graus, um pouco mais acima de um vinho branco, pois possui um pouco mais de estrutura do que um branco. Além disso, é um vinho que combina muito bem com ambientes como praia e piscina, em um balde de gelo!”, avalia Salton.

Já Ross prefere servir a bebida um pouquinho mais fria, entre 8 e 10 graus. “Sempre recomendo servir um vinho rosé mais frio do que um tinto, mas não tão gelado quanto um espumante”, comenta.

Rosé - Vinícola Salton

Fotos: vinícola Salton/divulgação

Alimentos que harmonizam bem com vinho rosé

Para começar, vamos pensar nas entradas que vão bem ao lado de um rosé. Salton recomenda comidinhas como queijos frescos (feta, cottage) ou mesmo uma bela salada. Se tiver a intenção de servir com o prato principal, ele indica que a bebida harmoniza bem com risotos leves, peixes grelhados, carne branca assada e comida japonesa.

De um modo geral, ele aponta que os espumantes harmonizam melhor com peixes, frutos do mar, aperitivos e petiscos. Para quem prefere um vinho leve, mas com paladar mais intenso e meio-seco, os alimentos mais indicados são queijos mais fortes, carne vermelha e massas.

Versatilidade para acompanhar alimentos

Ross ressalta que os rosés são vinhos bem versáteis e podem combinar com vários tipos de alimentos.

“A acidez e frescor de um rosé seco de corpo leve fazem dele uma boa companhia para saladas, massas com molho vermelho, salmão grelhado e sushi. Os rosés perfumados de sabores mais intensos harmonizam com paella, lagosta, camarões, queijos condimentados e de cabra. Já os rosés com mais corpo vão bem com embutidos, carnes de aves assadas e alimentos picantes, como caril e comida tex-mex”.

Uma viagem com uma taça de vinho

Sua intenção é sentir-se no velho mundo? Ross recomenda rosés franceses de Provence, que estão entre os mais elegantes do mundo, e também alguns italianos da Toscana, que segundo ele normalmente são feitos à base de Sangiovese.

Representando a América do Sul, ele orienta que a Argentina têm bons rótulos de rosés feitos de Malbec, rosés bem estruturados à base de Syrah do Chile e também opções muito interessantes no sul do Brasil, feitos com Merlot e Pinot Noir.

Gosta de vinho para acompanhar sobremesas? Ross indica os White Zinfandel, que são opções adocicadas direto da Califórnia. Para os fãs das variedades Pinot Noir e Chardonnay, Salton recomenda os espumantes Salton Brut Rosé. Ambos são leves, frutados, com notas cítricas e de frutas vermelhas.

Foto: Fábio Mattos/Flickr

Foto: Fábio Mattos/Flickr

Quais taças usar para vinho rosé?

“As taças não podem ser tão finas quanto as taças de espumante, para não inibir os aromas do vinho, mas também não precisam ser tão bojudas como as taças de vinho tinto. Taças altas (haste longa) com bojo médio são as mais indicadas, já que a troca de calor com o ambiente é reduzida nessas taças, mantendo a temperatura do vinho por mais tempo”, ensina Ross.

Quanto tempo o rosé dura depois de aberto?

O especialista completa explicando que após aberto, o vinho começa um processo de oxidação. “Alguns manterão suas principais características por mais tempo do que outros, dependendo do seu estilo e da sua idade. Em média, costumam durar de 2 a 3 dias depois de abertos. Quanto maior a acidez do vinho, mais tempo ele pode resistir”, finaliza Ross.

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